O Esporte Clube Bahia elegeu, no começo de dezembro , o novo presidente do time. Emerson Ferretti, que atuou como goleiro da equipe no início dos anos 2000, assumiu o comando da associação pelos próximos três anos.
O momento pelo qual o clube vem passando é bastante confuso. Isso porque o Bahia escapou por muito pouco do rebaixamento no Campeonato Brasileiro, terminando a temporada em 16º lugar, vencendo o Atlético Mineiro por 4 a 1 no dia 6 de dezembro.
Além disso, Ferretti será o primeiro presidente a assumir o cargo após a aquisição da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Bahia pelo Grupo City, o que representa mudanças muito significativas nas dinâmicas do time.
Deste modo, o novo presidente terá como responsabilidade, além de recuperar a força e o bom desempenho do clube, criar formas de aproximação com os sócios, gerando, assim, aumento de receita.
Ferretti garante que, mesmo em meio a tantas responsabilidades distintas, sua prioridade será acompanhar de perto o carro-chefe do clube. Em entrevista coletiva, o ex-jogador afirmou que, ao longo de sua campanha, defendeu o clube como “dono do futebol também”. Disse, ainda, que, “como dono, mesmo que minoritário, tem por obrigação acompanhar”.
Ferretti é o primeiro presidente assumidamente gay do futebol brasileiro
Não são, porém, somente estas questões que tornam a chegada do novo presidente marcante para o Bahia. Emerson Ferretti. Isso porque o ex-goleiro é o primeiro presidente assumidamente gay de todas as equipes e divisões no futebol brasileiro.
Ele reconhece que sua eleição foi um marco para o futebol. O meio esportivo em geral, mas, principalmente o futebol, é visto por muitos membros da comunidade LGBTQIAPN+ como um ambiente hostil. Isso, virtude de cânticos de torcida com letras notadamente homofóbicas, além de estereótipos preconceituosos e agressivos.
Em entrevista ao podcast “Nos armários do vestiário”, do GE, Ferretti faz menção a essa hostilidade, afirmando que a escolha de seguir o sonho de ser jogador de futebol sendo gay é bastante difícil. “Eu fico imaginando quantos garotos desistiram de se tornar jogador de futebol por conta disso, por perceberem essa situação”, diz.
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